Existem diferentes maneiras de gerenciar um condomínio. Essa tarefa pode ser assumida por um morador, o síndico, em um modelo de autogestão. Também pode ser contratada uma empresa administradora para atuar em parceria com um síndico.
A autogestão é a solução encontrada por diversos condomínios quando a contratação de uma administradora passa a ser questionada como uma despesa desnecessária, supondo-se que um morador, ou um grupo deles podem atuar sozinhos na gestão do condomínio, ou ainda com a contratação apenas de um síndico profissional.
Mas será que esse modelo de gestão é indicado?
Continue a leitura e descubra em quais situações a autogestão é recomendada e quais são os benefícios e riscos desse método de gerenciamento.
O que é autogestão?
Normalmente, esse modelo de gerenciamento é escolhido por edifícios de médio e pequeno porte. Basicamente, a autogestão de condomínios é quando os moradores optam por administrar todas as questões do edifício sem a assessoria de terceiros.
Nesse caso, o síndico conta com o apoio apenas do conselho, ficando inteiramente responsável por desempenhar todas atividades inerentes a função.
Dessa forma, é ele quem vai emitir as notas fiscais e boletos, será responsável pela folha de pagamento dos funcionários, prestação de contas, controlar os prazos das obrigações legais e diversas outras tarefas que envolvem o gerenciamento do condomínio.
Caso o síndico considere necessário, pode contratar um contador para auxiliar nas questões burocráticas, aliviando um pouco as demandas do cargo.
O principal benefício da autogestão está redução de custos, tendo em vista que não será necessário contratar empresas ou profissionais para auxiliar nas questões legais e contábeis.
Quais são os cuidados necessários para uma autogestão eficaz
Conforme citamos acima, na autogestão o síndico fica encarregado de todas as questões administrativas, legais e burocráticas, que por vezes exigem um alto nível de conhecimento em áreas como contabilidade, administração, finanças, engenharia e de leis.
Desse modo, o risco de erros por inexperiência ou falta de conhecimento em alguns desses campos pode significar falhas irreparáveis e que podem trazer grandes prejuízos, não só para o síndico, mas para todo o condomínio e moradores.
Por esse motivo, o principal cuidado que se deve ter ao optar por um modelo de autogestão condominial é a eleição de um síndico que tenha competência para desempenhar essa função. Dessa maneira se evita transtornos futuros.
Quais são os problemas mais comuns na autogestão
Os problemas mais comuns enfrentados por condomínios que optam pela autogestão estão relacionados com a falta de conhecimento para o desempenho das atividades desse cargo. Veja a seguir os principais riscos de eleger um morador inexperiente:
Não manter as documentações atualizadas, tais como: relatórios de fiscalização, autorizações, balanços, seguros, certificados de débito e livros de registro;
Não ter um bom controle financeiro, como por exemplo, não possuir domínio do fluxo de caixa, comissionamento de serviços contratados e desvio de verba;
Não cumprir com as obrigações trabalhistas dos funcionários.
Outros problemas comuns na autogestão estão relacionados com a negligência. Normalmente, isso ocorre em condomínios em que o síndico eleito é desmotivado e os moradores não se interessam em cobrar resultados.
Confira abaixo os principais riscos causados por negligências:
Fraudes contábeis;
Negligenciar as manutenções periódicas e necessárias ao condomínio, tais como: elevadores, parte elétrica e hidráulica e áreas comuns.
Problemas relacionados com a segurança do edifício.
Síndico profissional pode fazer a gestão do condomínio
Caso nenhum morador tenha interesse em administrar o condomínio, pode ser contratado um síndico profissional para assumir essa função.
O síndico profissional é aquele indivíduo que não possui vínculos com o edifício, ou seja, não é um morador.
O grande diferencial desse tipo de contratação é que o administrador é mais qualificado, possuindo maior capacidade e conhecimento para desempenhar suas atividades, ao contrário de um morador que muitas vezes é inexperiente.
Mas como a gestão de condomínios é muito complexa, é muito comum os síndicos profissionais atuarem em parceira com uma administradora de condomínios. Isso, geralmente, não acontece quando os condomínios são muitos pequenos.
Quais as vantagens de contratar uma administradora para o condomínio?
Já vimos como funciona o modelo de autogestão e quais são os seus riscos. Confira agora todas as vantagens de contratar uma empresa administradora para o seu condomínio.
A administradora auxilia o síndico a exercer suas atividades, podendo até mesmo convocar assembleias. Contar com essa assessoria facilita bastante a rotina do síndico, já que a empresa contratada é que será a responsável por toda a parte burocrática da gestão.
Veja abaixo uma lista com os principais benefícios de ter uma administradora:
Sem precisar se preocupar com a parte burocrática o síndico tem mais tempo para se dedicar a outras atividades.
A taxa de inadimplência entre os moradores diminui consideravelmente, tendo em vista que existe uma empresa qualificada em cobrança administrando o financeiro.
O condomínio passa a ter menor risco de sofrer ações judiciais.
Consultoria experiente em assembleias anuais.
Emissão de boletos para a cobrança da taxa de condomínio.
A administradora de condomínios passa a ser responsável pelo atendimento das obrigações legais, como por exemplo, o recolhimento de impostos.
O condomínio passa a ter consultoria jurídica.
Os condôminos tendem a respeitar mais a Convenção e Regulamento Interno do Condomínio uma vez que a sanções passam a ser executadas por uma empresa terceira sob a orientação/concordância do síndico.
Descubra quais são os papeis de uma administradora de condomínios.
Considerações finais
Conforme pudemos ver ao longo do artigo a autogestão, embora auxilie na redução de custos, pode trazer alguns riscos causados pela falta de experiência e conhecimento do síndico.
Desse modo, dependendo do porte do seu condomínio pode ser ideal contar com a ajuda especializada de uma administradora. Assim é possível se resguardar e evitar falhas que podem trazer grandes prejuízos para o edifício, além de trazer mais segurança para todos os moradores, inclusive para o síndico.
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